O nosso país é só déficit.

Em um dos comentários do barnabé, Daniel Oliveira disse : “Bem, está decidido: o nosso país já é só o déficit”. Bem, compreendo - até certo ponto - a frustração de certa esquerda (na qual incluo o referido senhor), com a obsessão deste governo no combate ao Déficit, visto que o mesmo impede que o estado utilize recursos para investimento público. Porém, deveis saber que é obrigação do estado manter as contas públicas controladas e estáveis, visto que se o país continuar a gastar fundos dos quais não dispõem, quem pagará a factura serão as gerações futuras, pois, herdarão um estado endividado e falido . Aliás, a situação de falência do estado não é virgem em Portugal, pois em 1892 declarou-se a bancarrota, que terminou com a política fontista de investimento desmesurado, que se fez à custa de empréstimos à banca (desconheço se o Sr. Daniel Oliveira menospreza a história de Portugal, da mesma forma que despreza o Hino nacional). A verdade, é que o actual governo está a delapidar o património estatal para manter a linha de 3% “imposta” pelo PEC (Pacto, que há muito foi ferido de morte pela França e pela Alemanha), o que é de todo condenável. Por isso, defendo que o estado, tenhas as suas contas equilibradas de forma verdadeira, ou seja com um déficit zero, ou próximo dele. Aos 3% de déficit deste ano, juntar-se-ão os 2,9% do ano passado e todos os défices anteriores. A bola de neve aumenta de ano para ano.
Quando o cobertor é curto, cobre-se a cabeça mas os pés ficam ao relento. Só espero que não tenhamos uma hipotermia...

P.S.- Só por acaso, alguém sabe me dizer qual foi o último ano no qual as contas estatais tenham encerrado com um saldo positivo? Quem souber, contacte-me, estou curioso...